sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Soneto as rosas secas mortas!
























Caminharia em direção ao sol, de olhos bem abertos.
Deveria, mais por um motivo maior não posso.


Meu coração de vidro quebrável/inquebrável é tragado como se fosse o último coração de vidro de papel.
Deveria mais por um motivo maior que eu, não posso.


Deixaria meus ossos na areia se moverem lentamente como folhas secas ao vento.

sábado, 22 de novembro de 2008

Eu imagino que se...




Eu imagino a pílula dourar-se em um vão em meu cérebro!
Imagino carregar todas as tuas veias inaladas em papel machê(papel crepon
vermelho )!
Sustentar teu peso como algum cigarro que frequenta minha pele!

Corações de seda impecavelmente pecáveis!
Adornações de sangue ilustradas e polidas ao redor das aureolas mamárias!

Era tão belo imaginar tuas mãos espalhar o riso!

Como haveria um mundo e sol pesando sobre minha carne!
Oh curva que me exaltas, me deixe pertencer ao seu cubo intimo!
Oh dor que me alimentas, me deixe te trair beijando a morte!

Costurando tuas nuvens até que me sufoque as paredes brancas
e aonde estão os alvos pintados de branco em meu coração cor de creme!

Deixe me esperar a poluição alimentar meus ossos!
Sei de um amante que ama a amada até depois da morte,
a conservando empalicidamente bela em sua mente!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Telegrama em branco


Espalhei todas as minhas roupas pelo chão, procurando em vão encontrar aonde teu cheiro foi guardado nelas!

Esfregando todas as lâminas como se fossem uma lâmpada de desejos!
E o que eu estou desejando?

Que você nunca morra!


Sussurrando aos ventos úmidos que retorne minhas ligações de telegrama!

Aonde você estava com todas suas linhas gritantes?
Sabe, daquelas surpresas que vem embaladas em papel celofane azul?


Me devolveu meu coração do conserto sem erro dessa vez!

Quero apenas que suas mãos modelem sempre os cacos que todos quebraram, menos você!

Toda vez que respiro adormeço meus sentimentos de sempre lhe procurar por essa cidade!
E é tão tolo, procurar em vão algo que imita a intensidade de sua pele!


Rendas de mãos juntas, olhares afoitos desvendam sombras de sobras estrelares!

Aonde você estava com tua voz ensurdecedora?


É deste sabor dentro todos os outros teus que mais me viciei, e é apenas o teu sabor!


Todas as manhas espero ansiosamente por aquele sorriso/beijo teu!

E então até que a espera seja o que for, desde que no final seja você!


Um segredo meu?

É que não consigo desenhar teus traços e sim apenas admirá-los por que eu seria incapaz de imitar algo tão belo!



Bom dia!

domingo, 20 de julho de 2008

Cadávericamente envelhecidamente bela e magra após perder a vida


Preenchi minhas gavetas com pedras coloridas, lisas e peludas.
Há vários dias que sonho em comer meus dentes.
Não há nada demais, em não se alimentar, não se polir, não se limpar,
por mais que a TV minta sobre mim, não há nada demais lá fora!

Por onde você estará agora?
Quando virá embebedar sua pele comigo?
Eu me perco em filas de supermercados vazios...

Bianca (e qualquer nome que você tenha), porque afirma sempre: que o lago e seu espelho não me deixam ver que nunca está vestida?

Eu mataria todos os lenhadores que permitem que você possa transar com todos os "yuppies" inegociáveis.
Cozinhando sapatos velhos, afogando todas as meias em molho sem sal, e bebendo suas lágrimas.

Por quantas e quantas vezes vou ter que repetir meu nome para você esquecer um segundo depois de me perguntar?
Oh eu, estou cansado de ser atormentado agora e antes de quebrar todos teus cristais.

Há um anagrama em seus olhos, e admito que só retorno aqui por que até agora vendi o segredo disso.
Na minha casa sempre tem, um quarto vazio, lençóis brancos, talheres alvos e meu corpo sem vida, o que aceita?

Quero beijar cuidadosamente cada fio de cabelo teu, depois que eu morrer.

Escrevi isto em um quarto de hotel após transar com um corpo feminino sem vida: deus punirá suas ovelhas, por serem sempre ovelhas!


domingo, 22 de junho de 2008

Bilhete de trem de uma única passagem apenas








Alguns dias atrás...



Vendi meu único bilhete de loteria falso.
Comprei aquela passagem de trem para ir ao inferno de seu jardim.
Emprestei aqueles livros de páginas mudas, tão surdas quanto aquele velho aparelho de surdez que não se cala.

Sob aquele banco da praça, pude ver seu ardor andar em um caminhar sufocante tão quente como a vodka que alimenta escorrendo minha garganta boca afora.

Não vou ceder à única parte do tapete que durmo agora.
Há dias que sinto teu cheiro por detrás da cortina.
Meus sonhos agora têm trilha sonora engordurada.
Naquela velha moldura eu colori minha única esperança letal.

De longe, eu vejo a morte beijar as nuvens.
Não queria lhe dizer, mais que graça há em sua vida de fingir que respira?
Que amor, se compras com sorrisos amarelados, faces de boneca prateadas cuidadosamente maquiadas, e uma pele tão impura quanto seus dedos revelam sobre ti?

Alguns dias atrás... A única coisa que me alimentaria “Mãe”, era sua candura em me dar o único bilhete de esperança que a senhora tinha.

domingo, 15 de junho de 2008

Vaselina





São tão belas suas linhas cherie!
E é gratificante enxergar você navegar.



Minha pele é teu dilúvio por agora.
Quero penetrar cada poro teu, como uma agulha penetra a epiderme, vagarosamente!

Uma máquina de datilografar velha, eu levarei em seu suspiro tenso e pesado.
Caminharei em teus traços íntimos até suavizá-los em meu leito.

Tão jovem e tão ketamina* no relaxar abaixo do meu corpo.
Se exasperar encontrará logo o que procura neste meu sabor só teu.

De curvas salgadas, doces e molhadas, faça o que for para ser feito para sentir teu coração latejar sob certas camadas de pele.

Como uma luz incessante oscilando, está teu cheiro lá fora.
Como em uma rua molhada, pós chuva ácida, vazia, suja e amável está tua endorfina* mademoseille.

Tuas curvas dilaceradas, nuas, obesas de prazer adulterado pela sua dor perdida.Deixe as roupas banharem você como uma lupa admira a cor solta, paralela adormecer sua ferida que nunca secará.

Sempre checarei seu medo ir ás compras feliz, como um tolo deve ser embalado para o natal.
Me diz que não excita ouvir você implorar para eu admitir que nunca venderei isto sem ser para você?

Diz-me que não excita ouvir você gritar nua em pelos raspados, no meio da avenida que está louca reprovada só porque eu sempre peco?

Sussurre-me que picotou com um picador de gelos todas tuas roupas invisíveis, só para eu assassinar esta boca que nunca cala, nem lendo isto babe?

Como cocaína*, cafeína, serotonina*, metadona* e codéina* corte meus braços com tuas unhas e beije o doce caos que me provoca em desespero louco e prostituído em ser somente teu minha dama.

Hoje eu pude comprar, alugar aquele cartão de "São Valentin" para te ver sorrir rangida mente por baixo da vitrine de vidro!

ketamina*
nomes de Rua: K, special K
A ketamina é um poderoso anestésico dissociativo que se encontra sob a forma de pó branco, líquido ou tablete e que é consumido por via oral, inalada ou injectada. A sua posse não é ilegal, dado que é prescrita por médicos.
A K ou special K, como é chamada pelos seus consumidores, é uma droga psicadélica derivada da fenciclidina. Parece deprimir selectivamente a função normal de associação do córtex e tálamo, aumentando a actividade do sistema límbico e produzindo um efeito analgésico e amnésico.


endorfina* é um neurotransmissor, assim como a noradrenalina, a acetilcolina e a dopamina, é uma substância química utilizada pelos neurônios na comunicação do sistema nervoso e também um hormônio, uma substância química que, transportada pelo sangue, faz comunicação com outras células. Sua denominação se origina das palavras "endo" (interno) e "morfina" (analgésico).


cocaína* ou benzoilmetilecgonina é uma droga alcalóide, derivada do arbusto Erythroxylum coca Lamarck, estimulante com alto poder de causar dependência. A Erythroxylum coca possui gineceu constituído de três carpelos, cálice de cinco sépalas e corola de cinco pétalas. As folhas são alternadas, elípticas e pecioladas.
O seu consumo crônico leva a grande aceleração do envelhecimento e profundos danos cerebrais irreversíveis, entre outros problemas de saúde.


serotonina* desempenha um importante papel no sistema nervoso, com diversas funções, como a liberação de alguns hormônios, a regulação do sono, da temperatura corporal, do apetite, do humor, da atividade motora e das funções cognitivas.
Essa substância é responsável por melhorar o humor, causando uma sensação de bem-estar. Já a sua falta tem sido relacionada a doenças graves, como mal de Parkinson, distonia neuromuscular e tremores. Depressão, ansiedade, comportamento compulsivo, agressividade, problemas afetivos e aumento do desejo de ingerir doces e carboidratos também foram relacionados a ela.


metadona* é um
fármaco narcótico do grupo dos opióides utilizado principalmente no tratamento dos tóxicodependentes de heroína e outros opióides.
A metadona é praticamente idêntica nas suas propriedades à morfina (veja esta página para detalhes), agindo nos mesmos receptores e com os mesmos efeitos. Não é geralmente usada no combate à dor, excepto em países pobres ou por doentes pobres em países sem sistema nacional de saúde como os EUA, já que é muito mais barata que outros opióides. Diferenças importantes incluem maior duração de acção (24h contra 8h da morfina e menos ainda da heroína) e síndrome de abstinência física mais leve, mas mais prolongado. Além disso o facto de não ser injectada mas consumida via oral, evita sintomas de grande prazer súbito que ocorrem com a heroína, o que ajuda a vencer a dependência psicológica.


codeína*, é um alcalóide natural (opiáceo natural) que compõe o ópio. O ziprepol é uma substância sintética (opióide), isto é, fabricada em laboratório.
Indicadas para tosses irritativas e sem expectoração (tosse seca), são chamadas de substâncias antitussígenas, estando presentes em xaropes e gotas para tosse como, por exemplo: Belacodid, Gotas Binelli, Tussaveto etc. Os métodos usuais de administração são oral ou endovenoso. A duração do efeito é de 3 a 6 horas.
A codeína é um narcótico de origem natural mais amplamente empregado na clínica médica. Mesmo sendo menos potente que outros opiáceos, seu uso continuado induz a certa tolerância.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Olhe ao redor e acredite que deslizei em você . Look away and believe that I slid in you




Ao emaranhar os fios de alta tensão percebi que deixei a boca escorregar até a minha.
(deixei a boca escorrer até a minha)

Caminho até a janela, admirando as linhas que existem cegas até que...

Um sol cor urina propaga neste momento.

Arrasto as palmas dos pés numa dança incessante na areia quente até que você entenda que estou digitando um código que só você lê!
Eu gritei que roubaria a ladra de corações colados.

É tudo excedido em meus líquidos acesos.
Por mais que eu fume, por mais que a chama não cesse, os insetos não deixam de irem contra o vidro apagado!

(digite o que quer ler aqui)

Ao Som de: On a Hill - Drif Effect e Glide – Stone Temple Pilot’s

Deixe me desleixar...













*relato de uma história em uma cidade inabitável,
numa tarde quente e fria...
pude me refrescar com brisas quentes e leves..


Me alojei e pedi um café, velho por favor.

olhares cortaram e cortantes estavam em mim, todo naquele momento.
meu corpo denunciava a carência de afeto pós metropólis.


fique fora, disse a mim mesmo.
o café veio com sua cor não muito saudável...
um olhar antes do primeiro gole escorregar minhas entranhas estranhas.

ouvi de longe, mais ouvi sim, um tilintar de copos estilhaçarem o vidro pesadamente contra o quê?
Solo, chão...

Aonde eu me deitaria com ela... Sobre ou sob, acima sete palmos.

Em meio aos meus delírios translúcidos...
Ouvi um baque forte vindo do wc masculino, em meio a uma poça de vomito e gritos, um senhor velho e esguio sentia seu café sujo e oleoso escorrer por entre a face acalentado no chão xadrez do café "sophie”.
Quando notei a bela dama de sorriso vanilla, se desapareceu em meio ao vão de fumaça humana derretida por bílis, como sempre fico cego com gritos, ouvi apenas o tilintar do sino de entrada da porta do café, em uma esperança vaga apenas olhei pra sua mesa abandonada e pude enxergar uma bolsa de mão e um bilhete sujo untado com óleo vanilla...

Antes de perceber minha queda inevitável ao meu brinquedo negro liquido...

O bilhete dizia: Saia sem erro, o efeito não terminará, abra a porta que abri e atenda o telefone do outro lado da rua, não questione, atenda-o!

Percebi então que não havia como atender prontamente o pedido, mergulhei em mim mesmo, e pude ver que o “efeito” era o mesmo massivamente mencionado, fui acudido pelo ar vazio e gorduroso do solo, aonde acariciei-o com mãos e corpo debruçado prontamente a pedido do ... Qual mesmo o nome do... Termo que causa algo?

Minutos depois estava confortavelmente coberto por olhos, óleo, cafeína e endorfina incertamente adicionada ao meu gorduroso café supostamente amargo, quando uma voz feminina por trás do avental atreveu-se a perguntar algo tão sólido: Como o senhor chegou ao chão tão rápido? (pensei eu em responder – peguei um trem atrasado moça e desde então estou dormindo nessa lanchonete há 3 minutos).

Apenas murmurei: Foi o café moça que me causou tudo isso. E os olhos ainda continuavam me prendendo em sua retina costumeiramente facilitada a ajudar a óptica ilusionária que me causava o momento.

Me restabeleci com o cheiro ainda plausível do local, juntei forças e tudo até então havia desaparecido, o velho, o bilhete, meu pudor e toda minha memória entrou em contradição maciça se era mesmo tudo aquilo apenas uma vertigem de um dia estranho, acostumado sempre a ter dias calmos como o único motivo para sair de casa numa tempestade de areia andrógina.

Agarrei minha dor ao chão, respirei fundo, e então pedi a moça que ajudasse a levantar com um sonoro: Por favor! E depois de uma oferta insistentemente pecadora de um café fresco recusada, me deixaram ir de encontro ao que a partir do "que e nem da onde eu não me lembraria..."

Colocando a mão na face como um gesto de tentando me lembrar me indaguei: E então aonde estava o tal bilhete*(certamente ele nunca chegou a existir) sabor e cheiro baunilha gordurosamente belo, e escrito? ...





Atravessei a rua e um velho telefone público tocava sem parar, fazia quatro longos minutos.

As gotas da chuva me lambiam a face, beijando-a como peso de papel fresco pela manhã.

Não conseguia enxergar nada além de um som internamente (infernalmente) ruidoso que escapava por entre as frestas frágeis frias do meu corpo e do dorso do telefone incessante.

Estou enfeitando (infestando) meus pêlos desde a última quando antes de dormir.

Ao cruzar a rua deserta, vazia tenra, não havia nada para me impedir de chegar ao outro lado, a não ser o vento frio e molhado, caminhar contra o vento e fumar não é comigo mesmo – pensei.
Enfim...atendi o incessante telefone, com os pés cheio de lama do banco sujo, vazio e absurdo da praça próxima a sua casa; então tudo parou, só pude ouvir a voz dizer: É você que arranha minhas pedras expostas ao sol tentando contorná-las com azul anil?















Continua...




domingo, 4 de maio de 2008

Negocio metro de plástico sussurrado!


Me vejo agarrando todo precipício que posso arranhar!
Ao longe e ao vento, penteio-me ao relento até aonde eu possa me encontrar.
Dê-me as chaves de seus segredos, quero mergulhá-los em gelo, e flutuar em desespero aonde se desiste o paladar.

Em dias de dias secos, saio e vejo me enfrentando os fios de alta tensão, tentando me guiar em linhas, sempre em busca do infinito que está no meio do vão.
Dê-me os pulmões de tela plástica, quero me jogar ás traças e me desvencilhar de seu jantar.

Agonia em lã de ventre, solidez em emaranhar minhas luzes entre teu jardim de sal flavour’izado.
Aluguei um barco salva vidas para ver você afogar com orgasmos (deleite) seus talheres virgens de câncer apaixonado.

É tão fácil enganar a ferida.
È tão sensato perfurar as moedas.
E é tão lógico comprar balas de amianto para engolir com você.
E é tão legal, assassinar todos os seus ursos de pelúcia e encher tua piscina de lama drenada.
E é tão bonito negociar sua cadeira de rodas para levar você a desviar dos carros em uma auto-estrada da vida qualquer.

Lembra quando jurei a você que nunca deixaria tua mão acariciar as águas do lago sozinhas?

Eu menti!
Eu menti: que te odiava!
Eu menti: que adormecia você com carinho!
Eu menti: que não trai você vaginalmente com todas as outras vírgulas!
Eu menti: mulher sobre você caminhar contra o vento!
Eu menti: para você sempre quando disse que nunca mentiria!
Eu menti: até que essa maldita lista de compras negocie seus pés, para que nunca flutue sob o creme do bolo!

Jamais acredite novamente em olhos de vidro, boneca!

Deixarei seu bote salva vidas afundar na areia movediça, e apreciarei com carinho sua mão implorar ajuda violentamente!

Todo sexo praticado com seus órgãos genitais até agora era diversão garantida egoísta perdida reconhecida.
Te abandonaria naquele altar caso precisasse inúmeras vezes fosse.

Te beijar era obter gratuitamente a placa de "perdedor fracassado" presa ao pescoço, colada à coluna cervical!

Caso você babe, não consiga ler "palavras", peça ajuda à um estranho para te ensinar a ler.
Sim, o recado subliminar está entre as entrelinhas, desculpe, como sou tolo, você não enxerga nenhum palmo a sua face idiotamente maquiada.

Quantos pênis penetrantes em você te darão amor babe?

E se quer saber, ainda compro amor em: caixas de cigarros, litros de vodca intensa e revistas com as matérias de sua morte!

E no teu enterro admirei a morte ter te beijado suavemente a pele barata, e obtive a inveja necessária de não ter sido eu a lhe conceder devagar o lugar que merece!



domingo, 23 de março de 2008

sem título





as pessoas cruzam por mim na rua, sem rosto, sem face, entre todos eles estão os meus sem nexo.

Não consigo enxergar suas faces, transparentes e embaçadas.

Estou lucrando com burocratas semeadores de tédio em suas velhas faces (camas) de lençóis ligeiramente polidos.


Há uma busca por nada em qualquer lugar e este lugar com certeza não sou eu...

Em tudo e em nada, tenho a limpa e suave (doce) sensação de ter ouvido tudo isso há anos atrás: “você não deveria ter dito (feito) isso quando era embalado no ventre dúbio”.

Queria saber o nome de tudo e todas as pessoas quando meu olhar toca nelas.

Queria reconhecer o nome das canções que ouço quando o radio está desligado.


Há uma visão turva, fria quando o vento me penteia a pele e estarei mentindo se dizer(disser) que o calor solitário a da grande cidade me consome (traga) a pele seca e cheia de feridas.


Em tão poucas coisas divertidas e novas encontro comigo mesmo em teus degraus de vidro plástico.

Será eu em você quando isso crescer em cinzas?


Como uma bela mentira mal contada, preciso de seu asco parisiense, ou circense talvez...


Fugirei com a trapezista mãe, assim que acordar!

Ao menos decoraremos todas as posições sexuais dolorosas do kama-sutra, e eu conhecerei lugares além de fotografias antigas, inalarei o ar todo ao redor, até que meus pulmões percam a noção breve de torpor.


Às vezes e o tempo todo me cansa explorar corpos em passagens para o inferno astral grátis.

Me dê aquela bola (pedra) alva, e sugue soprando minha alegria (dor) para fora de si...

Está tarde em lugar nenhum, desligo por aqui esta comunicação.feche o canal


Ao som de: http://www.myspace.com/drifteffect





quarta-feira, 5 de março de 2008

e o medo de montanha russa?













Elas nos ouvem.
Vem me friccionar/esfregar os dentes nas paredes até que elas nos dêem ouvidos.
Até trocar o sol da cortina.

alguém nessa cidade sabe que existo em ruas de trigo?
acenda o corpo e adormeça em meu alivio.

Deixa eu sentir o cheiro de seu suspiro fresco.
tão pudor minha menina em teu pudor de etanol.

tende a desaparecer após deixar que vá.
tudo é assim molhado em seu redor?

cuide de mim babe, e lhe comprarei bulas de desligar cafeteiras solteiras.
sorrindo atravessei a rua segurando teu fio de cabelo em meu pescoço como uma navalha seca, quase bela sorrindo...

Soprando agulhas




















Então, depois de alguns dias sem
contato com o mundo civilizado, voltei com um selo de grande quantia...












Tudo isso a dama: Verônica Martinelli (http://todaformadpoder.blogspot.com/), e confesso que não esperava...como cartas que envio e nunca recebo resposta...
acontece...
por isso o título: "Soprando agulhas" de uma forma ou de outra você as lapida.

então chega de
bla bla bla e vamos as indicações:

Os Indicados:

Fao - http://www.van-blog.blogger.com.br/
Ferauz - http://paginasdacampininha.blogspot.com/
Ograpiuna - http://ograpiuna.blogspot.com/
Patricia del Rey - http://entreaberta.blogspot.com/
Mayara - http://oqueelaconta.blogspot.com/
Rafasland - http://musicaaparte.wordpress.com/
Lauana - http://utarakuru.blogspot.com/

Andréa Cristo -
http://digital-cristo.blogspot.com










Bom, então...sem muitas delongas agradeço muito mesmo a dama Veronica Martinelli que tornou que as agulhas fossem lapidadas à todos os indicados...
e sem ela não seria nada disso possível...

"Faça com que caminhem entre a linha tênue, estreita da navalha da lucidez entre a loucura lúcida..."

Junior de Paiva



segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008







Sem

poder sufocar-te



Beba ácido babe, vomite sangue eu te beijarei com o sabor do meu ódio até você sentir a morte te beijando,arranhando e pisando em seu único órgão fraco cancerígeno doentio.


Sentaremos sob o jardim, confessando todos os pecados que ainda teima em arder.
Não brinque com o que pode se queimar com as mãos tolas.

Deixe me apagar todos os cigarros até o fim da noite em sua boca.
Não respeitarei seu até breve até que atrapalhe meu horário de trem.
você dúvida que encontrarei uma cadeira para apreciar sua respiração se definhar em slow-motion
até te sufocar com meu amor barato?

ele disse: adormeça, em eterno banho de vidro pastilhado.
pra que a cólera em dormir sob meu casaco de veludo amargo, doce e sílico?
segure em minhas mãos e te decepcionarei cada vez mais, até você relembrar seu balanço cadenciado em desespero.

o que axa de eu julgar minha compaixão ponderando sob suas unhas velhas, tardias molestando o solo aonde habitarás?

está excedido meu fardo em seus passos, caminhe, se molhe e afogue seus parasitas
em terceiro terço cantado.
se cure, afastando suas linhas do lugar que nunca me traz paz.
habito o vale das sombras, até que você se sustente sob os pilares de papel.

estas palavras se esvairão significando então somente palavras, como as que você diz quando me mente massivamente.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Pintar de Negro . Paint in black



* apenas um desabafo e, portanto qualquer objeção não levarei em consideração plausível.


Por um tempo longo e demorado andei correto e andei corretamente de acordo com os passos certos para se conseguir algo honestamente suave e belo.

De consciência limpa, e de alma pura em ambas as partes e em setores falhos em meu corpo, admito: nunca menti pra ti, nunca te enganei, nunca beijei outra boca se não a sua, não faria o meu jogo te enganar, não seria eu mesmo mentindo sobre meu sofrido coração, com você aprendi a usar minha mascara e com ela sair às ruas de manha.

Quero vagar em lacunas de pedras, a dor tem sido minha solitária amiga e guardo meu sentimento numa gaveta bem sólida e fazendo que ao menos a gaveta acredite em veias que fluirão bem por um longo tempo ao seu lado, me fez tão bem teu amor, carinho e tudo o que ele me trouxe de bem, e ainda faz por mais que não creia...

Por mais que erre, por mais que chore, por mais que se desespere nada mudará o que sinto por ti, não será uma borracha do tempo que fará isso, sou eu mesmo que tatuei em cada centímetro de epiderme do meu coração, e por mais que você queira não me perderei em outros corpos com a ilusão de que encontrarei ao menos uma coisa sua ou um gesto seu em cada um deles, é ilusão isso não posso acreditar no que é mentira para mim, só realmente serve você ao meu lado, e nada do que aconteça aqui e ali fará com que eu adormeça meu amor por ti. Nada passará até que eu esteja vivo neste mundo, e se viver é respirar, lembre-se que nem dormindo eu respiro, você sabe disso. Por mais que vague eu andarei sempre contigo em meu coração, nada mudará o amor que sinto por ti, nem as direções do vento, não serei eu mesmo após você partir e não farei nada para mudar o destino se tudo embolora dentro de mim e se tudo clama por destruição sempre que dou o primeiro passo quando acordo, só vivo mesmo esperando sua mão encontrar a minha, até lá levarei meu corpo a passeio ali fora.

Só não entendo a frase: “Se o amor une duas pessoas que se amam, porque separá-las?”.

Quero pintar meu corpo todo de preto até que a negra cor me faça morrer mais uma vez por ter te perdido em um adeus tão breve...

 
“Com flores e meu amor, ambos nunca voltarão...”
 
Nunca mais meu mar verde se tornará um azul profundo
Eu não podia prever essa coisa acontecendo com você
Se eu olhar fixo o suficiente no sol poente
Meu amor irá rir comigo antes da manhã chegar” ...
parte traduzida da letra de:
Paint In Black - Rolling Stones.