domingo, 22 de novembro de 2009

Renda-se as flores que lhe ofertarei!

Só quero dirigir por entre as tuas curvas, sem freio, sem fim, e mergulhar por entre teu coração pintado sob o chão.
Olhos de vidro, soa tão ácido quanto o que escorrega por entre minha garganta.

Levante os braços meu bem, só vim aqui nesta última noite pra lhe fazer sorrir.


Entrega-me teus medos, teus anseios, tua pele, teus dedos polidos e unhas belas, para que eu cuide em fé como nunca cuidei de mim.

Quando ligo meu quebra cabeça mental em seu coração, não há nada do que temer, além de quando estou sozinho longe de você.

Erga os braços meu amor, e veja que não há armas, comigo aonde for.
Quando levo teu encanto comigo, posso adormecer sob o sol noturno, que nada refresca-me a não ser seus tímidos lábios enlaçados.

Admita, erre-se e apreenda seus jeitos seguidos de beleza indutória.


Quero surfar por teus cabelos findados de cheiro alinhados como uma linha ferroviária.
O que teima em suas curvas desenhadas são linhas acesas em néon surreal.


Quero guardar teu sorriso em mim, para que quando acordar ouça-o dirigindo até a rua.

Acerte, em ser o que nós precisamos que seja para nós mesmos, por isso erga teus braços morena e deixe a minha chuva criada banhar e lavar todo o mal
que fizeram à ti meu bem.

Não minto para você, confesso este meu segredo como confessei quando lhe admirei pela primeira vez.

Não há fim, se não haver o inicio de tuas linhas que jamais terminarei em pinta-las.


Para que fechar a porta, se há uma janela começando debaixo do meu lápis?
Com você, aonde for até em ruas molhadas de ódio que não há.

Erga teus braços, banhe-se em mim, como se não houvesse dor antes e após.



Furtarei teu coração depois de desenhá-lo dentro das paredes do meu.

domingo, 15 de novembro de 2009

E se eu pedir pra fingir, para inflingir, para fugir?













Tenho ossos que me deixam ser mais que eu sou para você.
Porque nunca dá certo para encaixar neste lugar?
Tenho erros que me fazem o acerto.

Estou me perdendo em caminhos tão escuros quando voltamos.
Quando quiser, me mate, me mantenha fora da sua vida idiota e cheia de brilho que não é.
Você não lê e ouve nada do que escrevo, falo, penso ou lastimo por você.

Quando meu desaparecimento está estampado em seu jornal mental, você faz questão de esconder meu corpo ainda morto.
Não serei enganado por mil vezes que eu acompanhe sua vida pela tv.
Posso sufocar meu peso contra você, mais jamais deixar de ter amor dentro daquela caixa.

Quando você era a minha inimiga predileta, eu ainda insistia em morrer dentro ou fora de você.
A vida é tão curta quanto um último suspiro meu embargado de câncer futuro.
Estou fadado a morrer sozinho, num último vagão de trem.

Será que nada do que dissemos era verdade?
Será que todas as minhas verdadeiras mentiras forão em vão?
Será que comprei moedas inválidas da máquina de coletar cegos amores não têm validade daqui?

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

choro inflável.











Construíram uma escultura sobre seu ultimo feito pecaminoso no inverno passado.

Quantas e quantas vezes a vi chorar de cabeça baixa?

A cada amanha eu desconstruo o meu ser o mais longe e breve que posso.



Mudaremos a chance do nada tentar.

Mandaremos as cabeças colarem seus dólares vazios.

A cada dor eu altero meu tumulo o mais pesado que posso.



Dance sob meu caixão outro e outros dias.

Veja seu choro 24 horas por dia sem interrupções.

Sente-se e adormeça a pedra perdida que há em nós.



E se eu não sorrisse mais?

E se eu pagasse para poder evacuar?

E se eu pleiteasse seus dentes como árvores oleosas?



O nada não mudará em nenhuma vez amanha, portanto rasgue suas calças e as negocie

com sua cegueira.

O nenhum não será o nada fantasiado de óleo amanha, no entanto, perfure

seus sapatos e inale suas cerejas.

Não me diga o que fazer dentro de sua cabeça, por que não há nada dentro do vidro.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Dia após dia na escuridão do sol














Naquele sábado à noite eu desisti de irmos pela escuridão.
Estarei velho e excedido daqui à alguns degelos.
Não pode se suportar o arrastar sendo que não se há mais pernas.

Se descermos as escadas terei que descarregar aquele caixão de pedras de sangue, garota!
Portanto, entanto e por enquanto, não posso!
Eu me concederia infelizmente as ovelhas distantes do paraíso mentiroso.

Me devolva as pedras que construirei as ruas que deitarei sob corpos nus, menos o teu.
Flamejando sob a desistência da impotência.
Não se pode arrastar um corpo doente, sangrento ladeira acima sendo que não há mais penas.

O que há na pergunta que não se responde quebrantando-a?
Deixarei ir já que ratos e homens não terão a terceira chance de afogar em marés baixas.
E o demônio que há em mim, me consome a vontade de morrer, dia após dia.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Genitora Néon!

















Ele olha ao fundo daquela rua e suspira seus únicos 18 anos que ainda resta.

Jovelin’e quer perder sua ingenuidade e virgindade como em uma tragada cancerígena e raquítica.

Lembra do que seus amigos que morreram de aids logo aos 10 anos de idade no orfanato da irmã alcoólatra Maria.

Jovelin’e acende mais um cigarro, vendo e espiando aquela luz vermelha que nunca se cessa 24 horas por dia em néon.

Jovelin’e caminha sendo um jovem, caminha ao fundo daquela estreita rua e ouve apenas seus sapatos lamberem as pedras antigas daquela cidade que por várias vezes esconde teus segredos pela mármore.

Chegando a casa de madame Sofia, uma senhora lasciva o examina como um garrote que irá ao abatedouro pela primeira vez e pensa entre os dentes amarelados de manteiga peniana: O que faz um garoto tão belo e polidamente correto aqui?O que quer com estas mulheres tão cheias de dores e doenças? Logo não conseguindo controlar sua curiosidade roer teus ossos do quadril pergunta: O que quer meu jovem? Qual mulher desejas para ser sua?




Jovelin’e engole a saliva seca e cheia de espinhos respondendo – Quero apenas diversão, não é o que todos querem?



A obesa de 488 kilos de pecados cometidos responde – Sim, e presumo que é o que você desejas há muito tempo em seus sonhos de adolescente, não é?



Jovelin’e sussurra logo que sim!



A obesa de 285 centímetros² goza em palavras sorrindo que há somente uma mulher na casa que podes satisfazer teus intrépidos desejos, e, nisto Jovelin’e acende três cigarros fumando-os ao mesmo tempo sem parar para regurgitar seus odores.

Jovelin’e pensa que é a única oportunidade que resta em satisfazer seu ego de malabarista adolescente em fim de carreira com dores no fígado e responde: sim, serve ela mesma para o serviço!



Ela( Valeriana ) logo entende que a obesa confessa com seus olhos cegos que é ela que deve fazer com que o garoto perca a virgindade de uma vez só, e caminha chamando-o com um sinal com a mão para um dos recintos íntimos da casa, que logo abriga-os como o ato sexual.

Jovelin’e entende tudo com seu corpo e logo caminha com seus ossos ao quarto semi-escuro do recinto, a obesa examina suas nádegas como se tivesse examinando um carro 0 km.

Jovelin’e senta, e apenas em um segundo entende que perderá a única parte física que teima em perder desde os seus 15 anos com as freiras leprosas do convento vizinho de São Ápice do Orifício.



Ela( Valeriana ) pergunta: tens experiência meu jovem?

Jovelin’e responde como de frente a um computador que: Não, nenhuma!

Ela( Valeriana ) fala: Tudo bem, não será a minha primeira vez hoje, pois veio 45 marinheiros do ártico hoje e fiz baratinho o preço para eles, morreriam depois de uma hora em um naufrágio mesmo...

Jovelin’e grita: Cala a boca sua vaca! Eu pago o que quiser de você, só quero teu serviço e nada mais.

Ela( Valeriana ) pensa calada: tudo bem, estou acostumada com isso.



E logo se inicia o ato composto de se despirem, se tocarem, penetrarem, afagarem, suspirar com o movimento sexual incasual, tocarem com luvas hipodérmicas e translúcidas e logo ela (Valeriana ) descobre o gozo sem proteção craniana alguma em sua genitália cansada e feita para isso: o gozo de seu parceiro liquido.

Jovelin’e enfim solta um gemido guardado como um garfo novo para o natal que se esperava há exatos 18 anos, completos hoje, e ... depois de um tempo diz: Sabia que meu aniversário é hoje?

Ela( Valeriana ) apenas responde que não tem o direito de falar se ele não permitir.

Jovelin’e afirma com um sinal positivo com a cabeça, sabendo que ela é que teria o controle de sufoca-lo entre teu corpo.

Ela( Valeriana ) pensa com seus botões dizendo: Nossa, também hoje seria aniversário de alguém que não existe mais...

Jovelin’e logo não entende nada, e pergunta: qual o teu nome meretriz?

Ela( Valeriana ) responde: Valeriana...

Jovelin’e se impacienta e pergunta novamente: Qual o teu nome verdadeiro?

Ela( Valeriana ) responde: Não posso falar, mais se me prometer devolver minha saliva quem sabe?

Jovelin’e diz que devolverá depois de seca e Valeriana concorda com algum sinal corporal que não pude identificar, mais Jovelin’e entende, perfeitamente afastando teus ossos, e então Valeriana sussurra: Tereza Andréa Valeria Portanhais.

Jovelin’e embrulha tuas mãos sobre o lençol desgastado pelos movimentos corporais de corpos mortos, secos e densos e sussurra: é este o nome da mulher que me deixou no orfanato da irmã alcoólatra Maria, então você é a mulher que me pos no mundo, logo tira seu corpo nu debaixo dela e abraça dizendo com lagrimas entre os olhos agora cegos e a chama de mãe...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Como é um dia vitorioso na vida de um colecionador de derrotas?




Notícia de última hora: Um cego cruza a avenida segurando uma rosa fria em uma das mãos... e na sua boca uma frase escrita a batom, que dizia assim: "Nunca pedi esmolas, agora só peço que me atropele como uma navalha deve enforcar."
Nenhum parente se manifestou sobre o caso!


Ultrapassamos a barreira dos sapatos furados, agora deixe-me ir para fora de você.


Nada do que disser, adiantará quando eu partir...( o bolo).
Estou cansando de ver as vitrines vazias com a última moda que nunca usarei.


Pode suportar meu peso, antes de me jogar por despenhadeiro abaixo?

Eu quero adormecer beijando a rua sozinho.


Me dê licença, deixe-me morrer como eu bem entender.

Quando crescer, espero que não chore pelas perólas de sal que derramei por você.

Sabe, não queria te dizer, mas se não se importa: Estou triste com você!

Resposta: E daí? Como as fábricas, você mesmo fabricou a sua tristeza.


E o bilhete de loteria vai para...
aquele senhor que nunca conhecerá a felicidade nem depois de morto!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009


Naquele dia, eu deitei no meio da rua e esperei meu leito de morte morder minha pele.
Há de ser tão tola aquela foto tua, jamais a leve.

Penteio meus macacos hidráulicos.
Preencho meus potes de conservas de insetos mortos.

Oh madame, teu sono me permeia a alma.
Eu me arrisco em ser teu guia, por entre as arvores candecentes.


Me esconda em teu peito, me deixe ser eu mesmo.


E então vieram os distintos e fizeram crer que tudo na vida, é apenas mera distração dos tolos em crer/ver que nada é tão surrealista quanto.
E então vieram os desconhecidos, que encheram os campos de tintas sangrentas cegas ininterruptas que nunca você a compreenderá!


Eu sou um "otimista" perdendo o último trem de volta pra casa depois do trabalho, ansioso por esperar dançar com você sob a sua antena de tv.
Vazio como um caco seco de vidro, e perdido como um cego fosco e torto em meio à escuridão!


E por aí ando com um sorriso colado na face, assoviando entre os dentes escorregadios a frase: "Death give me lies in my flutter head!Shadows circulating the light with their candles! Sucking their hopes for very far away, beyond thin!" *



Notas: A foto de abertura é de minha autoria: http://www.fotolog.com/depaivajunior/44721643
E estas são as frases que coloquei em meu msn e orkut status ao longo de três a quatro meses.

*"Morte me concede as mentiras em minha cabeça de agitação! Sombras que circulam a luz com as velas deles/delas! Chupando as esperanças deles/delas muito longe para, além de magro! "

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

As balas que eu te dei...















Ao som de: Light My Way - AUDIOSLAVE



Tem dias que mal suporto meus joelhos.

Me sinto como um perdido nas ruas esperando o sinal do semáforo que nunca abre.
E todo o chão redemoinha/desmonta ao meu redor.
No que crer se as luzes sempre me enganam?


Todo o tempo esperando aquele amanhã.

Aquele amanhã.
Será que o sol nasce lá fora?

Perguntas amargas que não me deixam dormir.
A vontade de me entorpecer com as balas me sobrecarregam.

Porque que há de ser tão tristes minhas mãos vazias?

Minha criança/crença por dentro me devora os ossos menores.

Estou vagando na linha do trem me segurando pelas mãos para não adormecer nos trilhos.
Esperando que minha vida desligue o telefone.



domingo, 11 de janeiro de 2009

Desde de já agradeço à...


Então, vamos lá...
Agradeço as pessoas bacanas que me atribuem um selo, e este selo como todos que tenho agora, será guardado com carinho, muito mesmo...
O primeiro selo é do: http://www.pineljuqueri.blogspot.com/
Agradeço desde de já, a indicação do selo, e só tenho à desejar que continuem lendo minhas insanidades, e que não pare com tuas belas linhas man!

E o segundo selo é do blog da Prix : http://umtantoquantoestranha.blogspot.com/
Desde de já agradeço moça, pela bela indicação e ainda acho que meu blog, não é tão cultural assim não, mais fico muito lisonjeado por isso!
Belo blog!


Então, logo logo, virá um novo texto, conto ou...
para vocês...

Obrigado pela atenção!