terça-feira, 19 de maio de 2009

Dia após dia na escuridão do sol














Naquele sábado à noite eu desisti de irmos pela escuridão.
Estarei velho e excedido daqui à alguns degelos.
Não pode se suportar o arrastar sendo que não se há mais pernas.

Se descermos as escadas terei que descarregar aquele caixão de pedras de sangue, garota!
Portanto, entanto e por enquanto, não posso!
Eu me concederia infelizmente as ovelhas distantes do paraíso mentiroso.

Me devolva as pedras que construirei as ruas que deitarei sob corpos nus, menos o teu.
Flamejando sob a desistência da impotência.
Não se pode arrastar um corpo doente, sangrento ladeira acima sendo que não há mais penas.

O que há na pergunta que não se responde quebrantando-a?
Deixarei ir já que ratos e homens não terão a terceira chance de afogar em marés baixas.
E o demônio que há em mim, me consome a vontade de morrer, dia após dia.