domingo, 23 de março de 2008

sem título





as pessoas cruzam por mim na rua, sem rosto, sem face, entre todos eles estão os meus sem nexo.

Não consigo enxergar suas faces, transparentes e embaçadas.

Estou lucrando com burocratas semeadores de tédio em suas velhas faces (camas) de lençóis ligeiramente polidos.


Há uma busca por nada em qualquer lugar e este lugar com certeza não sou eu...

Em tudo e em nada, tenho a limpa e suave (doce) sensação de ter ouvido tudo isso há anos atrás: “você não deveria ter dito (feito) isso quando era embalado no ventre dúbio”.

Queria saber o nome de tudo e todas as pessoas quando meu olhar toca nelas.

Queria reconhecer o nome das canções que ouço quando o radio está desligado.


Há uma visão turva, fria quando o vento me penteia a pele e estarei mentindo se dizer(disser) que o calor solitário a da grande cidade me consome (traga) a pele seca e cheia de feridas.


Em tão poucas coisas divertidas e novas encontro comigo mesmo em teus degraus de vidro plástico.

Será eu em você quando isso crescer em cinzas?


Como uma bela mentira mal contada, preciso de seu asco parisiense, ou circense talvez...


Fugirei com a trapezista mãe, assim que acordar!

Ao menos decoraremos todas as posições sexuais dolorosas do kama-sutra, e eu conhecerei lugares além de fotografias antigas, inalarei o ar todo ao redor, até que meus pulmões percam a noção breve de torpor.


Às vezes e o tempo todo me cansa explorar corpos em passagens para o inferno astral grátis.

Me dê aquela bola (pedra) alva, e sugue soprando minha alegria (dor) para fora de si...

Está tarde em lugar nenhum, desligo por aqui esta comunicação.feche o canal


Ao som de: http://www.myspace.com/drifteffect





11 comentários:

Chrystal disse...

"Queria saber o nome de tudo e todas as pessoas quando meu olhar toca nelas." pra quê? a graça da vida é o mistério, as interrogações que encontramos por aí...


"Como uma bela mentira mal contada, preciso de seu asco parisiense, ou circense talvez..."
percebe-se que (in?)consientemente você usou 'parisience' e 'circense' apenas pra dar uma certa rima, ritmo ao texto, já que as duas palavras ficaram vagas no texto. A palavra 'torpor' também ficou meio vaga....

enfim, quem sou eu pra fazer tantas críticas... Por favor, as faça também, sempre!

Tahiná-Khan disse...

Hm. este eu gostei mais ou menos. Há alguns erros. Mas o que eu digo nao tem nada a ver com o que a garota aí de cima disse.

"e eu conhecerei lugares além de fotografias antigas" Isso ficou bom. muito bom. =*

Anônimo disse...

' eu conhecerei lugares além de fotografias antigas, inalarei o ar todo ao redor, até que meus pulmões percam a noção breve de torpor.'

Como vais?!

Este post embaralhou minha mente!
Perguntas me vieram a cabeça, sem resposta rápida.

- radio está desligado-

beijos

Rafael Almeida Teixeira disse...

Juninho seu lírismo é arrepiante, dá medo.Isso é bom.

Abraços afetuosos.

Lopezz disse...

gostei do blog, lirismo bem escrito e competente

vo ler o resto dos posts agora

parabéns pelo seu blog! =D

comenta lá no meu www.therockzoo.blogspot.com

Anônimo disse...

Gostei do seu blog!:)

Unknown disse...

Gostei da definição do comentarista acima... Faço de suas palavras minhas. Mais uma vez obrigada pela tua visita, chéri!
gosto quando você vem me "engabelar" rsrsrs. Me sinto... me acho... entre tuas palavras matafórico-analíticas (aff eu e minhas composições doidas). Beijos obscuros...

Flá Romani... disse...

Ual que texto... vou ler mais post

parabéns pelo blog

Unknown disse...

realmente um dos melhores blogs que ja encontrei ate agora =]

Séfora disse...

Eu tô lendo viu? A que mais gostei até agora.

Séfora disse...

Eu tô lendo viu? A que mais gostei até agora.