domingo, 30 de maio de 2010

Cartilagem















Ela passa os dedos como se alinhasse as unhas na poeira dos móveis.
Confusões do passado, não serão, talvez, as mesmas coisas.
Estou aqui, audível ao nada e infundado no silêncio matinal.

Me cansa a proposta de sempre estar no novo amanhecer pós fim do mundo.
É tão novo e velho descobrir que o que é feito de sabão apodrece.

Ela diz: "...gosto de você, mais detesto como você é..."
Eu nunca faço a questão de ir mais além.

Ela caminha sorridente, entregue ao que pode acontecer se os ventos mudarem.
Ei, eu digo: eu tenho uma técnica de morrer dentro de uma caixa de sapatos.
Seguro tuas mãos com força até ouvir os ossos se quebrarem entre os dedos.

Eu finjo estar feliz só para passar pelo raio-x dos seus mamilos.

Sabe aquela maneira, que você diz à si mesmo como entrar e sair de janelas no 18º andar?
Eu não suporto tudo isso depois.

... você explora a maneira como as pessoas habitam corpos, você suporta a maneira como tais pessoas habitam teus lábios,
não há nada que a contagie e a contente, por mais que eu facilite a entrada você dorme na saída, eu gostaria...gostaria...
de gastar meus últimos três segundos te dizendo que jamais eu deixei de pertencer à você...

Eu quase a segurei desta vez, eu quase fugi e fingir estar jogado sob as escadas enlameadas para o lugar.
Você vêm e bate na minha porta, grita meu nome, cospe sobre meu gelo, adormece em minhas roupas usadas e quer meu ventre?

sábado, 29 de maio de 2010

O pior da vida é esperar notícias lidas, ultrapassadas se tornarem manchetes de um jornal cotidiano íntimo!


Tudo está girando agora.
Espero que não dependa de...
Tudo se perde quando você gira aquele botão.

Estamos tão dentro que fomos aceitos lá fora.

Compro tudo aquilo que lhe vê, para não existir mais.

Não minta!
Não esconda!
Não sussurre!
Sobre os lençóis aquilo que jamais sabe sobre você.

Soa tão alto que não posso dormir.
Você se inalava tão cheia daquilo que jamais vai conseguir comprar.
Amor de vidro.