quarta-feira, 2 de março de 2011


















Então... Depois de dirigir e digerir fui a um grande mercado, na minha cidade mesmo, próxima ao setor que moro. Aquele lugar cheio de mercadorias tão nulas e proventos de imundice alheia do consumo próprio ou sexual!
Cansei!
Esperei horas para encontrar uma linha reta que me levava a aquele lugar central com disfunções eretas...
Achei uma vaga do lado de um pedinte, esses seres brotam do chão?
Não é o meu papel nutrir seu vício por trocados velhos ou moedas que não cobrem nem o valor do metal se ofertadas.
Chega dessa linguagem chula de porta de bares fracassados...
Vamos o que interessa...
Cala a boca, sua vadia! - eu disse em minha mente quando vi aquela obesa de 150 kg de pura massa preenchida por uma mesmice comum das pessoas que não transam...
Ela não parava de falar no telefone quando passei em uma prateleira que vendia artigos para recém nascidos...
Sim, admito eu gosto de ouvir conversas alheias, é um exercício mental para se pensar que sua vida não é pior como pensa ser, admitindo que é um fracassado total!
Ela se virou em minha direção e me fitou como se eu fosse roubar um pedaço de carne dos seus seios famigerados por sucção analítica do seu marido brocha...

Não, filha, não quero isso... - pensei em resposta!

Decidi sair logo daquele lugar - mais que merda eu fui fazer caminhando por ali?
Nada! Diversão... Diversão ...
Divertir olhando prateleiras sem vontade de consumir nada?
É, aquela velha história de arranjar algo para se entreter quando até as tentativas de suicídio deram erradas...

É eu sei que você deve estar pensando que sou um idiota, sim, eu devo ser!
Feliz agora?
Agora volte a brincar com seu órgão sexual mal lavado!

Observar as pessoas é uma forma malévola de querer enxergá-las.


E após de colocar no carrinho nada mais que álcool etílico, tabaco tragável, revistas velhas sobre arte, velas, incensos...

Reparei como há senhoras distintas e algumas pessoas aproveitando as promoções da carne.
Reparei também que havia uma senhora carregando plantas, muitas plantas em seu carrinho, parece que ela ia enfeitar um túmulo... Um túmulo que se compara a uma geladeira, vazia do nada, cheia de fome, amplificada para contextualizar seu sexo fracassado perdido e inalado...

Foi aí que ouvi alguns gritos... Vindo de que raios de sessão deveria ser alguma sessão alimentícia, essas pessoas só vivem para comer, dormir, transarem, comer, dormir, cheirar, injetar, dormir, comer, acordar, dormir, comer, dormir, acordar, comer, acordar...

Algumas pessoas, gritaram: "socorro, assassino, ladrão...” outras correram, e eu?
Eu, bem... É... Fiquei ali parado, porra, eu não matei ninguém, será que posso ao menos ver algum sangue?

Fui correndo de encontro a multidão que corria arrastando-se...
e vi um corpo...
Um corpo lúcido, luz e cheio de morte...
Que vida do caralho..
Ela se foi...
Era uma mulher jovem...
Agora ficou velha, envelheceu ao beber da morte...
Aquele líquido que todos iremos tragar um dia... Em goles grandes ou pequenos, bebericando entre os dedos, escorrendo entre suas bactérias auto-imunes...

Eu deitei ao lado do corpo, como um cão que beija com a língua sua dona morta...
E então eu esfreguei minha língua no chão suado... Lambendo seu sangue...


3 comentários:

Anônimo disse...

Uma semana de muito gozo!
Abração
Leo.seximaginariuM

Vc já contratou um garoto ou uma garota de programa?
Comente, Conte para nós lá blog
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Eliara Sandim disse...

Sabe o que vejo?
O português é um belo idioma, o Brasil é um país muito sorridente e hipócrita, de gente muito sorridente e hipócrita... Que eu amo.
E que as pessoas vão caminhando a serem um museu vazio. E a culpa é do capitalismo que está atigindo seu apse nos EUA...
E que ninguém foge de ser, mais cedo ou mais tarde, um bicho que lambe o sangue vivo/morto de outros por aí.

Joy Barreto disse...

Como sempre, ótimo o seu post!

Bjoos
boa semana
http://joycebc.blogspot.com