quinta-feira, 3 de junho de 2010

Eu deveria ter desligado o telefone!


































Sabe aquela vez que eu te machuquei fundo, e você sangrou por dias no sol?


Eu lavei as janelas aonde você pisava!
Porque é tão dura comigo se eu realmente lhe assassinei?

Sabe aquela vez que eu te machuquei exatamente aí?
Eu perdi a cabeça, e disse uma palavra apenas que te fez adoecer sob o leito do meu peito em
cacos tristes de um até então inquebrável oscilante ...beijo sabor lábios tão envolventes que só eu sei o segredo de adormece-los em segundos...

Sabe aquela vez que larguei casa, trabalho, cigarro, festa de fim de ano, vida, mãe, fantasmas, chaves, álcool, acentos,
tinta, amor, dinheiro, rock, cadeiras, presentes, lucidez e me joguei na frente de um carro?

Eu larguei minha vida!
Eu me deitaria com você sobre os talheres brancos de prata polida e sem o cheiro de sangue!

Eu te daria a minha vida e as outras dez se eu tivesse!
Mais eu perdi os caminhos no vento que cheiravam você!

Se lembra daquela vez que te ceguei?
Eu te ceguei sobre mim mesmo, eu arranquei aquele olhar perdido dos seus olhos.

Eu não durmo quando você sai, eu não durmo quando você me trai, eu não durmo quando a vejo habitar meu espelho,
eu não durmo quando sinto seu sangue nas minhas mãos, eu não durmo quando leio os bilhetes que eu queimei sob minha pele,
eu não durmo quando exatamente sei que naquele dia... te feri profundamente.

4 comentários:

flor disse...

Eu pensei tanto nessas coisas essa semana. que foda isso, chegar aqui e ler os meus pensamentos hehehe
Digo que senti um cadin de medo, rs, mas... consequência.
Beijoos

Mariana Montilha disse...

"Sabe aquela vez que eu te machuquei fundo, e você sangrou por dias no sol?" a gente nunca consegue esquecer os dias de sangue, né? essa é a parte mais triste... a memória.


meus caminhos foram... de alguma forma, destruídos.

Unknown disse...

Uau que post!!
beijos

Miiharu disse...

Você é O CARA da literatura, parabéns!
Adorei esse texto.