domingo, 21 de março de 2010

Eu nunca vim!















A espera do que talvez nunca virá!

Fatio a carne, com uma tendência subjetiva e egoísta.
A cada erro, erro menos dentro do vidro.
Apenas pretendia ser dentro de você, habitar tua residência corporal como um vírus.

E você somente queria me matar dentro e fora de você.
Eu perco meus dedos só de tentar.

Caminhando e segurando a mão, como uma quilha de barco à deriva no mar envolto de ácido extremo.
Caminhando e segurando a linha, como uma pilha de livros velhos à deriva no mar envolto de ácido estomacal.

Me deixe ir aonde jamais pisei descalço.
Navalho minha face, como se as linhas faciais fossem a própria lâmina desafinada.

Então, novamente estou sentando em uma poltrona tão macia quanto seu sexo, receptiva como uma tomada...
Estou fadado a ser o livre dentro dos campos concentrados de armas viciantes.

Não há forças, para levantar de dentro de mim mesmo, sendo que o corpo é apenas um corpo.

O poço é o passo no nada ao vento das turbinas.
O canto, é lacrimal quando se há injúrias de proclamar o que nada acontece.

O ostracismo é meu nome conhecido e perpetuado ao longo da estrada.
O escuro das sombras permanece aos cuidados da luz que teima em me queimar.

Você corta, fatia e esgrima, enquanto eu pretendo apenas adormecer o pesado e denso sono do sorriso amarelado.

E você do outro lado deste vidro pode me esperar?!






"porque procuro no poema final e definitivo a face de Deus,
todos os versos que escrevi me hão-de condenar ao inferno." pp.59