quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Telegrama em branco


Espalhei todas as minhas roupas pelo chão, procurando em vão encontrar aonde teu cheiro foi guardado nelas!

Esfregando todas as lâminas como se fossem uma lâmpada de desejos!
E o que eu estou desejando?

Que você nunca morra!


Sussurrando aos ventos úmidos que retorne minhas ligações de telegrama!

Aonde você estava com todas suas linhas gritantes?
Sabe, daquelas surpresas que vem embaladas em papel celofane azul?


Me devolveu meu coração do conserto sem erro dessa vez!

Quero apenas que suas mãos modelem sempre os cacos que todos quebraram, menos você!

Toda vez que respiro adormeço meus sentimentos de sempre lhe procurar por essa cidade!
E é tão tolo, procurar em vão algo que imita a intensidade de sua pele!


Rendas de mãos juntas, olhares afoitos desvendam sombras de sobras estrelares!

Aonde você estava com tua voz ensurdecedora?


É deste sabor dentro todos os outros teus que mais me viciei, e é apenas o teu sabor!


Todas as manhas espero ansiosamente por aquele sorriso/beijo teu!

E então até que a espera seja o que for, desde que no final seja você!


Um segredo meu?

É que não consigo desenhar teus traços e sim apenas admirá-los por que eu seria incapaz de imitar algo tão belo!



Bom dia!