domingo, 20 de julho de 2008

Cadávericamente envelhecidamente bela e magra após perder a vida


Preenchi minhas gavetas com pedras coloridas, lisas e peludas.
Há vários dias que sonho em comer meus dentes.
Não há nada demais, em não se alimentar, não se polir, não se limpar,
por mais que a TV minta sobre mim, não há nada demais lá fora!

Por onde você estará agora?
Quando virá embebedar sua pele comigo?
Eu me perco em filas de supermercados vazios...

Bianca (e qualquer nome que você tenha), porque afirma sempre: que o lago e seu espelho não me deixam ver que nunca está vestida?

Eu mataria todos os lenhadores que permitem que você possa transar com todos os "yuppies" inegociáveis.
Cozinhando sapatos velhos, afogando todas as meias em molho sem sal, e bebendo suas lágrimas.

Por quantas e quantas vezes vou ter que repetir meu nome para você esquecer um segundo depois de me perguntar?
Oh eu, estou cansado de ser atormentado agora e antes de quebrar todos teus cristais.

Há um anagrama em seus olhos, e admito que só retorno aqui por que até agora vendi o segredo disso.
Na minha casa sempre tem, um quarto vazio, lençóis brancos, talheres alvos e meu corpo sem vida, o que aceita?

Quero beijar cuidadosamente cada fio de cabelo teu, depois que eu morrer.

Escrevi isto em um quarto de hotel após transar com um corpo feminino sem vida: deus punirá suas ovelhas, por serem sempre ovelhas!