domingo, 30 de setembro de 2007

lamine seu respirar ao leite


*Conto com nomes, datas e locais mudados para proteger os personagens.

Em um bar em Varsóvia se encontrava o tão lúcido e honrado nadador, Inaach Kazhimir, 28 anos, sem filhos, lúcido talvez, e totalmente estressado com dias casualmente rotineiros, e os mesmos dias de 24 horas, foram para ele com um certo glamour de uma estrela marinha suave e estreita, depois de um dia estressante* de treinos e mais treinos ele se desfez em um bar aonde nenhuma mosca zombaria incomodá-lo por nadar pelo seu país ou por sua nação merecida mente honrada por cada suor gélido estampado e derramado de sua face longa e tenra.
fazia o tipo alto, ( como sempre nadadores são altos não? ),branco, cabelos ruivos e olhos sagazes por calmaria que nenhuma gota de água oferecia, se esgueirando entre um copo de vodka com rum e outros, ingeridos com sede e afagos dos longos dedos, ele ouviu um certo tilintar de dentes e línguas pronunciantes vindo de um canto do bar, instintivamente ele sabia que blasfemaram contra sua figura social, mais e daí?
Se importar com machistas, hipócritas e sexistas?
Não resmungavam contra a TV ligada num canal de esportes local...

Quem dera que seus pensamentos fossem ordens de despejos mal avaliadas por céticos...

Ouviu alguém chamar o único garçom e cochichar no seu ouvido algo que não interessava a ele...

O garçom voltou e encheram um copo com rum, gelo e vodka russa.
O nadador semi largo perguntou: isso é para mim senhor?
Sim, é para você meu jovem, aqueles dois senhores do canto do bar lhe ofereceram esta bebida como forma de retribuição a seus esforços patrióticos pelo nosso país...
Antes mesmo de terminar a frase o nadador desperdiçou o liquido em uma lixeira negra de metal...

Como sexistas e de pênis cranianos se ofenderam é claro.
E enginharam suas testas como camurça mal lavada pela manha.

Sem questionamentos maiores, ofenderam Inaach com insultos e referindo ao seu ponto fraco sentimental: eu e ele dormimos com sua ex-mulher na última olimpíada fracassada nadadorzinho de merda.
Imagina? Com o 9º copo de vodka em suas entranhas e poros, olhos e coração latejando na mesma intensidade de um bebe prematuro, o mesmo se ergueu como um mastro e empunhou suas mãos dizendo: repita seu porco machista?!
Não podia sentir seu sangue adormecer seu ímpeto e ao mergulhar seus punhos na face do desbotado homem, se viu em uma linha embaraçosa de violência e barulho intumescido pela corrente de troca de calor humano alcoolizado...
Não notou bem uma lâmina penetrar seu abdômen e suavizar a ação de seu arfar em meio a um arame farpado de pensamentos...
Seu sangue podia ser visto à quilômetros de seus dedos, jorravam natureza morta e lhe faltou ar como se fumasse há anos...
tudo se escureceu, apenas ouviu gritos do garçom pedindo encarecida mente para que ele falasse com ele: falar o que se já não vem a cabeça nem luz e sombra distinguindo seu paladar...

em apenas 15 minutos, longos por sinal, conseguiu ouvir o burburinho ao longe da ambulância sagrada com sua cruz vermelha alertando que ali havia confusão...
e que o circo de fotógrafos locais estavam por vir... Com a cavalaria de flashs e perguntas de como foi, e quem pisou mesmo na lua?


Em menores detalhes, sentiu seu ar voltar ao normal depois de 27 horas, inalou flores no quarto branco, e um silêncio ensurdecedor de bips elétricos...
Bingo estava em um hospital!

Apalpou o céu da boca, ainda sentia o gosto indiscutível de sangue molhado em sua boca.
Murmurou algo além da dor enorme que lhe afagava seu corpo esguio e levemente longo demais.

Chamou a enfermeira pelo dispositivo eletrônico que se encontrava próximo a sua mão...
Pela lógica viria uma gorda de 255 kg atendê-lo, veio então uma moça semi curvada com perguntas básicas encarando-o como se o mesmo tivesse tirado ela do sexo matinal com seu médico cirurgião chefe masturbador de bisturis...

Aonde me encontro?
No hospital local, próximo a saída da cidade!
Só me lembro de muito sangue esvairar-se de minhas entranhas ácidas.
Isso mesmo, senhor! - (sem muita paciência com drama de pacientes dramáticos) ela respondeu.
E então a enfermeira se retirou, deixando-o o paciente em meio aos seus emaranhados de pensamentos, talvez devido a quantidade de barbitúricos ingerido em uma dose apenas.

Voltou a dormir um longo dia, e a mergulhar nos seus delírios afetados pelo o que considerava drogas pesadas de cura infecciosa...

Algumas horas depois...

Acordou com um leve roçar de mão em sua face...Piscou várias vezes sendo que seus olhos não crendo no que via...
E adivinhe quem veio lhe visitar?

Assim que pode rever a maça do rosto levemente disforme ele devolveu seus pensamento de roupa suja pós over. Conteve-se entre o ódio intravenoso e o ódio matinal numa cama de hospital irreconhecível, porque aquela pessoa estava ali? Porque logo ali? Porque não se movia? Porque esgueirava o olhar como se fosse uma presa fácil e matinal? Porque tantos porquês?

Emanharou e amassou o lençol do hospital como um pão velho amassável pelo diabo de costas limpas, não houve respostas em seus íntimos questionamentos e de seus questionamentos íntimos intimamente ligados por entre todos eles. Seu nome se perdeu entre sua cama giratória trancafiada, sem mais conseguir sentir sua ferida, ele implorou a ele mesmo ou a você para que o segurasse em seu leito... Imediatamente a pessoa disse: “Olá”, essa mesma palavra que ecoou como um eco surdo, mudo, silencioso e voraz, o mesmo eco engoliu sua saliva seca e machucou a boca ao sair sem som: mmmff: você aqui, mais por quê?

O “olá” dito foi direto ao seu encontro sem o barulho da chuva intermitente após o vidro da janela lá fora, a janela que mesma testemunhou a maça sorrir contidamente ao ver o efeito da resposta muda do nadador iludido por ele mesmo.

“Como vai” surgiu como se fosse um convite ao passeio lá fora...

Mais por quê?

Olhar inquieto encheu a sala de ódio de adolescente e cerotonina.
Houve um caminhar de passos lentos, como se espreitasse a presa, averiguou o caminho aonde ele podia olhar e desnudar o que seria seu fatal ódio, tocou a cama do leito com a mão, acariciou-a, instigou que seu carinho fosse direcionado ao um outro membro de seu corpo, como se a cama fosse a continuação de seu...A intenção era de tocar com a ponta dos dedos semi seca o mesmo local aonde Kazhimir emanharou o tecido com precisão cirúrgica a de um orgasmo feminino.
No inicio houve repúdio moral do adoecido, depois repulsa sexual, e finalmente desejo de saber como um verme penetra a carne fraca do(a) visitante que havia ali deslocado algo que até então Kazhimir aonde não havia sentido, ou se havia sentido reprimia com asco e efeito em miligramas menores ao de sua ácida saliva.


O que faz aqui se está frio lá fora? - Kazhimir relutou a pergunta de luto por sua breve ferida úmida.
Lá fora sem sol o vento, nevóa e cinzas penteavam as cortinas de outros prédios reclamando de seu ódio contra todas elas, e as amantes das amantes sentiam calafrios discerníveis entre sangue e o gosto dele.

Faria sentido se dissesse que não tem nada haver com você?

Você sempre responde uma pergunta com uma... - Kazhimir.

O baque seco penetrou a sala, calando sua tentativa sã de sabedoria estranha...

As flores plásticas adormeceram o solo, e então houve cinco segundos de silêncio após o baque letal.
Até que...


Não passou de um sonho...

A flor alimentou o solo, com seu liquido úmido, o baque fez com que o vidro não ferisse e sim o som ferisse o habitual, o quarto foi tomado pela visão amanhecida do dia lá fora...E...
Aqueles sonhos infantis que se mantém eretamente ereto o importuno, desde de cedo, ele aprendeu a nadar e a se conformar em ver o nada aparentemente quebrado e sem pilhas.

Se fez de sua a melanina e pele ausente, não viu nada ao abrir e semicerrar os olhos já inundados pelo efeito morfina das artérias e veias, semivasos e semicírculos ainda áridos.

Não faça de mim o quer que eu faça e fale... - pensou ele...Mais ainda estava vivo o cheiro do(a) outro(a) ocupante do quarto da enfermaria, era quem ele nunca haveria pensado que era?Quem era?Organizou seus pensamentos entre espasmos de dor e elucides sem luz, aonde pensaria que estava seu(sua) ocupante sagaz de leito e lençol puramente hospitalar? Estaria abaixo da cama, entre seus dedos, lá fora numa rua paralela qualquer, vendendo o mundo?

Quem diabos era? Era diabolicamente belo em saber que não era o diabo, desejava ter e ocupar sua epiderme angelical...Assim saberia de seu segredo e de todos os outros segredos humanos que nunca havia experimentado a cor da água e do pecado avelã virgem...

O que penso de mim, nunca se refere a mim mesmo?

O cheiro ocupava o quarto como os segundos do relógio branco e brando que guardava seu segredo como o diabo guarda os piores segredos seus...

E ele pensou o que faria se tudo tivesse acontecido?















Continua(...)













* Conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa, e outras, capazes de perturbar-lhe a homeostase; estricção.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Desgoverne-me!















Sem ninguém em descarrilho, sabia?

Moça, se disseste que flutuei em seu ardor sempre, você me amaria?
Coleciono todas as perguntas sem respostas.

Traí seus julgares ao meu ver belos como sua pele.

Minhas vestes adormeceram fora, velhas de saudades tuas.

Teu corpo me acalenta em saber de seu calor solar.

Pude caminhar suavemente despejando flores nas ruas de seu caminhar.
Comprei seu último diário publicado angariando fundos por me segredar aos meus botões.


Estou reluzindo seu olhar blasfemando a beleza que se curvou à você.
Deixe meus beijos encontrar os seus em palavras tolas de verão.
Brisa quente em seu quarto escuro segredado.

Embalei-me em seu perfume sabendo que voltaria pura sob meu amor...
Em torno de seu vestido acetinado acendo meu adorno ao seu encanto não criado.
Aquelas frutas polidas nunca pereceram quando experimentei seu beijo...
era o pecado nelas?

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

E eu complico o que não acho certo!

Em uma estação de rádio pude ouvir isso ao meu suspirar pela última vez lúcido(a)...

Resmungos apenas:
Não te ligo, e não me importo(a) com o que você se importa. A vida é tão inútil que não moveria nem um músculo da minha face para seu adeus. Sua alma é tão fútil que o demônio devolveu na promoção de inferno natalino... (aquelas promoções que você converte uma alma ao satanismo e a outra vem de brinde, sabe? A sua veio de brinde!) A minha pena não merece a insônia que ela tem pensando em um jeito de esmagar seu coração em migalhas e dar aos pombos que alimento e alimentarei da carne deles depois... Nem deus quis te dar a vida, a sua desgraça veio ao respirar o ódio que cuspo em sua face... Princesa do lixo seminal! Mereça cada pedaço que meus sais desperdiçam com sua pobre carne raquítica e dona de todas os vermes das moscas da cidade! A morte não lhe convem, você merece apodrecer em sua pele seca e transparente como sua personalidade! Suas vestes são de shopping matinais, que você envergonha a moda por usar o nome dela em vão...
Escorregado
, seu cérebro foi para bem longe de suas unhas fétidas e maléficas aplicadora de insul-film nos esgotos... Os(As) cretin'(as)os se envergonham de você mesma usar o nome deles em vão, porque sua vagina abriga todos os homens da cidade...

Todos eles querem queimar seus mamilos com cigarros e mastigá-los com força macabra!

O que você merece?
Morrer só em uma ilha deserta e jamais seus ossos serem encontrados sob qualquer cromossomo indetificável por seu sangue descedente de "Eva"...

Prefiro ela à você!

domingo, 16 de setembro de 2007

Paper Cigarretes

















O cigarro me adormece (
mais que você mesmo consegue supor) ... o desejo me atrai.
O cigarro me aniquila a vitalidade ... o desejo me abstrai.
O cigarro me absorve por completo entre todas as folhas húmidas secas ... o desejo me evapora.
O cigarro me deixa flutuar levemente ... o desejo me acalenta.

Depois da caféina o que caminha em mim são seus olhos ultravioleta.
Minhas reclamações são de eloquente cocaína.
Não adianta juntar todos os frascos e fracos neste castelo, ambos me subvertem.

O cigarro me...
O cigarro me... deixa tragá lo em uma dose apenas...(e você deixa?)
O cigarro me deseja o desejo válido e de argamassa silenciosa.
dizendo ao sussurrar: Até a morte cinzas!

A dormência do que consigo ter, me faz aliviar os passos de uma rua deserta semi poluida.
A procura sempre leva a você, e sua felicidade se contenta nisso?

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Empilhe a pilha descarregada











Ore pela medolândia,este será seu ultimo suspiro real.
Olhe pela melancolândia, acredite seus choros são alimentos para as mãos.
Eu tenho todos os potes falsificados que imitam seu corpo quando caem.

Minha cama se alastrou lembrando os cadáveres de cogumelo.
Não preciso de algo para viver, só quero os elefantes pardos ao meu altar,
no meio dia.
À meia noite.

Em melaninas vociferas eu estraguei tudo.
Em entregar seus ouvidos gritei com dor sobre a esfera de açúcar brilhante.
Não sou daqui então deixe me colocar você em má posição,
é só mais um mal detalhe.

Eu trouxe uma caneta nova para que podemos crer nas escadas.
Minha vida viva e morta, se lembra?
Heróis são tão ídolos quando morrem segregados.
Todas as afirmações acima não são verdadeiras.
Bandeiras de pele adulterada, pedofilinique seus órgãos sexuais machistas.

Passagens de mudanças minhas espalhadas e empalhadas com seus arranhados longos.


domingo, 2 de setembro de 2007

o homem que falou com o demônio


*fato verídico, irreal, surreal e casual... creiam ou não nele.

estava quase subindo as escadas...
até então ouvir uma pergunta como de um fantasma: você viu alguma pessoa com caixas aí?
olhei pra trás respondendo na esperança de não ver ninguém mesmo: sim, ouvi um barulho de caixas ali naquela sala à direita.
o fantasma grisalho nem respondeu...
subi as escadas com a alma leve e sucumbida.
me alimentei de um bom pedaço de pizza trash food que vi por ali.
me aconcheguei no capitalismo sedento de uma cadeira de lazer.

de repente o fantasma veio e se sentou também pedindo licença como poucos fazem,
me vi ali entre algo que meus álibis me deixariam ser no futuro tão longo a cor pastel, dentre vários contos, com uma voz sussurrada pausadamente seca me disse o 1º que viria a ser o ponto base da conversa toda, naquela mesa, num sábado de brisa quente e sedento por tudo, o fantasma grisalho e velho me disse que havia perguntado pra uma segurança do recinto aonde ficava uma sala de alimentação, e até então a mesma havia lhe tratado com total desdenho por ser de terceira idade...
afirmou que eu o lembrava em seus 38 anos de idade... eu tenho menos que isso!

no meio da longa conversa o mesmo me contou vários casos, e afirmou o que eu já esperava: sou policial aposentado e reformado, tenho 78 anos, apesar de eu crer que ele tinha bem mais...
em um dos seus casos o que mais me chamou a atenção foi este:

o fantasma tem um filho que mora na Alemanha (pelo sinal o filho é solteiro) e ele mesmo quis visitar o pai, e então comprou uma casa de 2 andares próximo a sua residência, depois da compra efetuada a corretora afirmou que a antiga moradora havia feito rituais de magia negra e de candomblé na casa toda, e que na reforma foram encontrados vários ossos de animais mortos até na instalação de agua da casa...
então o filho chegou de viagem e de cara não foi com a cara do local, e conseguiu apenas dormir uma noite, muito atormentado ele afirmou que não ficaria com a casa e não deixaria alugá-la, o fantasma grisalho e velho atormentado em suas correntes de pensamentos...
decidiu-se então passar 3 longas noites na casa para ver ou se cegar com algo em sua crença em si mesmo.
em 3 noites apenas e na terceira ele topou com o diabo além de gritos, gemidos, leituras de palavras arranhadas no assoalho de fundo da pia da cozinha e banheiros e uma mecha negra encontrada de cabelo instigante e intuitavemente áspera ao cheiro do nariz...
na conversa com o Demônio ele sobressaiu no quesito humano, afirmando que seu "deus" morto era mais poderoso do que todos eles, levando em conta, o demônio disse: o que você vê aqui agora velho? Satanás na sua frente, e seu deus aonde está?
consegue vê-lo? com seus olhos de bom vivant morto entre os ossos?
não seu velho fétido e mentiroso!

(...)

uma pausa

e depois o nada dominou silenciando as palavras...


apesar de todas minhas perguntas nunca serem respondidas pelo fantasma eu fui embora, estava atrasado para a vida irreal agora...


e uma coisa apenas, queria ser eu a topar com o lacaio e perguntar o que o fantasma grisalho e velho jamais afirmaria em vão: me concede a dança demônio?
dance nos mesmos passos que dançou com eva lhe prometendo o paraíso durante 100 anos?






(...)